Wednesday, December 21, 2005

Quando escrever um poema quero escrevê-lo inteiro.
Não amputado de sentimento.
Não deixando a consciência comandar, manipulando.
Quero escrevê-lo todo.
E falar da maldade, do fingimento,
Do "salve-se quem puder".
Não chamar inconsciência
À intencional fobia de ser maior,
De estar bem com todos,
de aparentar a superioridade que advem
De pisar, de minar, de consporcar atitudes limpas.
Não desculpar, porque não quero,
A mesquinhez da lesma que se arrasta pessonhenta,
Não precisando ser nada
para sujar o pequeno caminho por onde passa.
Não vou desculpar, nem compreender, nem aceitar.
Detesto o que vejo.
Odeio o ambiente torpe, pequeno caminho,
Onde cada um se movimenta
Como uma víbora que aguarda
Que a presa incauta lhe entre na boca.
Odeio a indiferença aparente
Com que a aranha vê a mosca voar à volta da teia.
"Ela" sabe que a teia está lá.
Não. Não vou compreender, nem aceitar.
Mesmo correndo o risco de ser eternamente marginalizada.


Eu

3 Comments:

Blogger Maria said...

Até que enfim amiga, já desesperava de te ler.
És tu inteira nas palavras.
Um beijo graaaande.

11:43 AM  
Blogger Morfeu said...

Escreve o Poema, a Alma...Tudo o que desejas...estará alguem para ler e ouvir quando estiveres só.

Um Ano de 2006 cheio de Amor...

7:39 PM  
Blogger Mónica said...

e não estarás só!

5:23 PM  

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