Deixa-me contar-te sobre o que não sabes,
De mim.
Sobre esta sensação sufocante
De viver num mundo que não entendo,
A que não pertenço.
Deixa-me falar-te sobre o pavor que sinto
Quando penso que nesta selva absurda
Tudo é possível.
Tudo é permitido.
Sobre a vontade que tenho de fugir,
(quando perplexa olho em volta),
Sem saber para onde.
Sem encontrar saída.
Sobre a dor que me queima as entranhas,
Porque o medo deste mundo é superior,
Cresce dia a dia.
Ajuda-me!
Diz que entendes,
Que tenho razão,
Que não devia ser assim.
Eu quero acreditar que contigo é diferente.
Que ainda há quem,
Acima da competividade, da "modernidade"
Põe a ternura, a frontalidade, o amor.
Para continuar a viver,
Preciso de acreditar!
Preciso da àgua límpida e fresca
Da perspectiva de um Mundo diferente.
Eu