25 de Abril

Faz hoje 32 anos.

Para os mais velhos está ainda tão presente que parece ter sido ontem...

Mas não foi.
Para os jovens é algo que, (fazendo já parte da história), é mais uma das matérias que tem de se "empinar" na escola.
Só isso!

Ontem ouvi no telejornal afirmações que me fariam sorrir se não fossem tão reveladoras do perigo que é a não tansmissão de valores tão importantes como a liberdade.
Não que seja anormal.

Lembro-me de ouvir a minha mãe falar da "Grande Guerra", era assim que chamavam à 2ª Guerra Mundial, que tinha acontecido, na altura, também há 30 anos, e de eu a ouvir fascinada, mas imaginando que era algo do tempo "dos reis" (o que significava séculos).

Esta expressão que alguns jovens usam e que tanto choca, por parecer corresponder a profunda ignorância histórica, não passa de uma forma de, nas mentes muito jovens, serem localizados acontecimentos muito, muito antigos .

O que é realmente muito mau é não lhes transmitir o que foi conquistado com o 25 de Abril.

Coisas tão simples como escrever na net tudo o que nos vem à cabeça, seria perfeitamente impossível, no regime fascista.
Esta é outra questão, as palavras. Dizer fascismo, é algo que os ignorantes do seu significado, abominam e tentam transformar numa expressão panfletária (deviam dar-se ao trabalho de estudar um pouco, antes de falar).

Num mundo tão vazio de valores, referências e ideologias, era bom que os mais velhos tivessem consciência do mundo que estão a ajudar a construir ou destruir...

EUA fazem campanha contra Daniel Ortega

Esta notícia saíu no Jornal Expresso.

"Presidenciais da Nicarágua, em Novembro

EUA fazem campanha contra Daniel Ortega


Os Estados Unidos estão empenhados em promover uma candidatura únida da direita nas eleições presidenciais na Nicarágua, que terão lugar em Novembro, e têm feito reuniões visando impedir uma vitória da esquerda, liderada pelo sandinista Daniel Ortega, antigo presidente do país.
O embaixador dos EUA em Mnágua, Paul Trivelli, reuniu-se segunda e terça-feira com dirigentes do Partido Liberal Constitucionalista (PLC), do ex-presidente Arnold Alemán (1997-2002), da Aliança para a República (Apre, dissidente do PLC), do actual presidente Abel Pacheco, e da Aliança Liberal Nicaraguense (ALN).
«Discutimos a possibilidade de organizar primárias», declarou o embaixador, referindo-se aos esforços para conseguir nestas eleições o resultado que mais convém aos EUA.
Todavia, Washington faz questão de manter à distância Arnold Alemán, o seu antigo aliado, que está desde Setembro em liberdade condicional depois de ter sido condenado a 20 anos de prisão por branqueamento de capitais e desvio de fundos públicos quando era presidente.
Trivelli propôs «reunir a família democrática através das primárias ou de negociações entre os partidos, para chegar a um acordo», declarou Maria Fernando Flores, mulher de Arnold Alemán.
O PLC designou como candidato às presidenciais o vice-presidente José Rizo, homem de confiança de Alemán.
Na década de 80, os Estados Unidos armaram e financiaram os Contras, milícias empenhadas em derrubar o governo da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), que esteve no poder de 1979 a 1990, data em que a direita reconquistou o poder.
A esquerda apresenta-se dividida na corrida à presidência da Nicarágua, com a FSLN a avançar pela quarta vez como candidato o ex-presidente Daniel Ortega (1979-1990). Um dissidente da FSLN, Herty Lewites, antigo autarca de Manágua e muito popular, é também candidato.


11:36 20 Abril 2006 "

Quem são os Estados Unidos da América para decidir em quem um país soberano tem de votar?
Já o fizeram antes na Nicarágua, no Chile, no Iraque...

E continuam, impunes...

Até quando?...

Sobre os senhores da guerra

Em nome de Deus vão matar.
Em nome de Deus vão morrer.
Que Deus?
Em nome de Deus tantas crianças vão sofrer!
Assassinos!
Mas,
E aqueles que não falam em nome de Deus?
Esses,
Em nome da Liberdade vão matar.
Em nome de Liberdade vão morrer.
Que Liberdade?
Em nome da Liberdade tantas crianças vão sofrer!
Assassinos!
Que pena não haver Deus,
Nem Liberdade...
Seriam então
Definitivamente
Denunciados, desmascarados
Os assassinos da Humanidade!

Eu

Tristeza

Que tristeza é esta que me preenche o corpo, todo, e quase não me deixa espaço para o ar entrar, quando respiro?
Nos últimos tempos tenho tido muitos dias destes.
É tristeza, desespero, angústia...
Queria fugir, continuar a fugir, até ao fim do mundo, até ao fim da vida...
Não ver, nem falar com ninguém. Não ter medo...
Porque o que me provoca toda esta panóplia de sentimentos, é na verdade o medo.
Medo do que a vida ainda me reserva. Tem-me tratado tão mal, a vida, a nível dos sentimentos.
Gosto do sítio onde estou. Gosto do mar que me lava os olhos. Gosto de estar só. Mas...
O medo, o maldito medo do que ainda pode acontecer, de perder quem me é querido...
Queria morrer para acabar com este sofrimento.
Mas para isso é preciso ter uma coragem que eu ainda não tive.
Por vezes sinto que a angústia é tão grande que só por si vai fazer-me aquilo que não tenho coragem de fazer, matar-me.
É assim que me sinto hoje (só que ainda não morri).

Eu