Quando estou só
Quando estou só, penso em ti.
Penso muito em ti. Na tua verticalidade, na tua coerência, na tua bondade, na tua amizade, na tua juventude, na tua sabedoria.
E penso também, muitas vezes se valeu a pena ("vale sempre a pena quando a alma não é pequena", dizia o poeta). Para ti sim, porque sempre soubeste o que querias da vida e o que vida queria de ti. Sempre soubeste cumprir a tua obrigação, o teu dever de ser humano de corpo inteiro.
O teu exemplo é realmente uma luz que brilha no escuro como que querendo mostrar que devo continuar.
Mas não consigo, sabes? Deixei de acreditar. Não em ti nem na pureza das tuas intenções, mas no Homem.
Esta é uma carta póstuma, uma carta que nunca te escreveria enquanto foste vivo, por vergonha da pequenez dos meus sentimentos, pela fraqueza ideológica, pela mesquinhez de não ter coragem de continuar a lutar. Nunca quiz que soubesses disto. Vês como sou cobarde! Não, não foi falha tua, não foi por não entender o que defendias. Sempre entendi e concordei.
Mas depois veio a desilusão, o desespero pela falsidade que sentia em tantos rostos em tantas atitudes mascaradas.
Falhei. Eu falhei e continuo a falhar porque continuo a não conseguir dar um passo para alterar as coisas. Continuo quieta no meu canto.
E quando estou só penso em ti!,
Penso muito em ti. Na tua verticalidade, na tua coerência, na tua bondade, na tua amizade, na tua juventude, na tua sabedoria.
E penso também, muitas vezes se valeu a pena ("vale sempre a pena quando a alma não é pequena", dizia o poeta). Para ti sim, porque sempre soubeste o que querias da vida e o que vida queria de ti. Sempre soubeste cumprir a tua obrigação, o teu dever de ser humano de corpo inteiro.
O teu exemplo é realmente uma luz que brilha no escuro como que querendo mostrar que devo continuar.
Mas não consigo, sabes? Deixei de acreditar. Não em ti nem na pureza das tuas intenções, mas no Homem.
Esta é uma carta póstuma, uma carta que nunca te escreveria enquanto foste vivo, por vergonha da pequenez dos meus sentimentos, pela fraqueza ideológica, pela mesquinhez de não ter coragem de continuar a lutar. Nunca quiz que soubesses disto. Vês como sou cobarde! Não, não foi falha tua, não foi por não entender o que defendias. Sempre entendi e concordei.
Mas depois veio a desilusão, o desespero pela falsidade que sentia em tantos rostos em tantas atitudes mascaradas.
Falhei. Eu falhei e continuo a falhar porque continuo a não conseguir dar um passo para alterar as coisas. Continuo quieta no meu canto.
E quando estou só penso em ti!,